quinta-feira, 24 de abril de 2008

Na Contagem Regressiva...


Ando na contagem regressiva...
Atropelando o tempo...
Contando as horas pro dia passar.
Esperando pelo amanhã, pelo depois...
Pelo niver da Cá, pelo casório da Ana, pelo dia das Mães.
Pra daí sim chegar o dia de querer fazer o tempo parar...
Tô topando tudo: curso, livro, cochilo, ações, sessões, dança, andança...
Tudo pra ter TUDO mais rápido, pra ficar do seu lado quando o tempo parar.

Rafaela Campanati.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Na iminência...


Sempre gostei dessa palavra – iminência.
Do verbo - está por vir (risos).
Nos últimos dias ando sentindo os sintomas da iminência. Frio na barriga, pensamento longe, vontade de acelerar o tempo, suspiros, silêncio...
Ando na iminência de ser mais feliz...
De ter o que parecia que já não teria mais...
Na iminência de que “tudo em tudo se transforme” (como bem disse Fernando Pessoa).
Ando feliz, por estar na iminência de ter o que eu sempre quis.

Rafaela Campanati.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Bolinhas Coloridas!


Mudando de energia...
Bolinhas coloridas pra me fazer sorrir...
Sabe daquela: você só atrai o que transmite?
Então, quer atrair o que?
Eu sei...
Bolinhas coloridas pra me fazer sorrir e me tirar da solidão!

Rafaela Campanati.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Solidão!


Como diz um companheiro meu... já de longas datas, o Aurélio - solidão: estado do que se encontra só.
Eu me encontro só, comigo mesma, sozinha. Odeio melancolia, há tempos fujo dela, mas nos últimos dias perdi o páreo. Talvez tenha sido a pausa para ler as Cartas da Fernanda Young, ou quem sabe o friozinho que fez, ou foi o vinho que não saboreei.
Só sei dizer que perdi; perdi feio. Assumo!
Doeu a falta do abraço, do aconchego dos braços, do olhar que toca a alma, dos beijos que aquecem o coração...
Doeu a falta de companhia, de dia e de noite, no almoço, no cinema, no jantar, no lado direito da cama vazia.
Quanta melancolia. Odeio melancolia, já disse. Mas perdi. E feio. Assumo!
Quem se encontra só, deve ter pelo menos o direito de sentir melancolia, acredito eu...por isso não me culpo; não gosto - mas gozo de indulto.
Não ter para quem ligar quando o pneu fura, quando um cliente lhe procura, quando ouve uma música que lhe faz lembrar...não ter com quem planejar loucuras, viagens, lugar pra morar.
Não ter “o” alguém para ser o favorito e falar de graça na promoção da VIVO, pra mandar mensagem na madrugada sem pagar R$ 1 real.
Não poder participar das promoções de quarta-feira no cinema e muito menos das reuniões de casais sem se sentir desigual.
Quanta melancolia. Odeio melancolia, já disse. Mas perdi. E feio. Assumo!
Me doeu, está doendo, tem doido. No passado e no presente. O futuro? Imprevisível.
De tudo, nessa história de solidão, o que dói mais é ser sempre um só.
Ser dispensada de pagar a conta entre os casais, porque, afinal, ela é uma só.
Obrigar os amigos a encontrar mais alguém pra dividir a mesa no show, porque, afinal, ela é só.
Abrir um convite para aquela festa e ter sempre, um só.
Ser índice das pesquisas sobre o mal-do-século machuca demais o coração.
Eu quero mais e dar adeus à melancolia e saudar a alegria de ter alguém pra dar as mãos.

Rafaela Campanati.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Fernada Young e suas Cartas...

É impressionante como essa "Moça" aí sabe se utilizar tão bem das palavras. Espero ansiosa pelo incício do mês pra devorar as linhas que ela escreve na Revista Cláudia. Olha a propagandaaaaa.....rsrsrs...mas vale a pena! Toma aí uma prova:


Aos que não nos enxergam

Oi, eu estou bem aqui na sua frente, mas você insiste em não me ver. Tudo bem, opção sua, cada um enxerga o que quer. O problema é quando você, sem ter idéia de como sou, resolve dar a sua visão sobre mim. Talvez você não se enxergue também, antes de mais nada – e assim me tire por parecida contigo. Errando completamente. Para começar, eu faço questão de ver as pessoas ao meu redor, e isso faz toda a diferença do mundo. Percebo que todos têm algo de especial, estando aí a graça. Percebo belezas que não são minhas, estando aí o prazer.
Percebo inclusive você, parado bem na minha frente, desviando seu olhar para lá e para cá, nervoso com a minha presença, estando aí o ridículo.
Veja bem, não há o que temer em mim. Não quero nada que seja seu. E não sou nada que você também não seja, pelo menos um pouquinho.
Você não precisa gostar de mim para me enxergar, mas precisa me enxergar para não gostar de mim. Ou gostar, e talvez seja exatamente isso que você tema. Embora isso não faça sentido, já que a vida é bela, justamente, quando estamos diante daquilo que gostamos, certo?
Não vou dizer que não me irrita essa sua cegueira específica com relação a mim, pois faço de tudo para ser entendida. Por todos. Sempre esforço-me ao máximo para que isso ocorra, aliás; então, a sua total ignorância a meu respeito, após todo esse tempo, nós dois tão perto, mexe, sim, levemente, com a minha paciência.
Se for essa a sua intenção, porém, mexer com a minha paciência, aviso que anda perdendo sua energia em besteira, pois um mosquito zumbindo em meu ouvido tem um efeito semelhante. E, se me dou ao trabalho de escrever esta carta para você, é porque sei que você também não será capaz de enxergar o que há nela.
Explicando melhor: preferiria que você me esquecesse, mas até para poder esquecer você vai ter que me enxergar. Enquanto não me olhar de frente, ao menos uma vez, ao menos por um segundo, vai continuar assim, para sempre, fugindo sistematicamente da minha imagem – um escravo de mim, em fuga constante, portanto.
Pode abrir os olhos, vai ver que não sou um bicho-de-sete-cabeças. Sou bem diferente de você, como já disse, mas isso é ótimo. Sou melhor que você em algumas coisas, pior que você em outras – acontece. No que eu for pior, pode virar para outro
lado; no que eu for melhor, cogite me admirar. “Olhos nos olhos, quero ver o que você faz...”* Sempre quis cantar isso para alguém. “Olhos nos olhos, quero ver o que você diz...”*
Pronto, um sonho realizado. Já estou lucrando com a nossa relação, só falta você. Basta ver o que eu posso lhe mostrar e enxergar o que eu posso ser para você.
* Trechos da música OLHOS NOS OLHOS, de Chico Buarque
Fernanda Young

Fernanda Young é escritora, roteirista e apresentadora de TV
Foto Bob Wolfenson

terça-feira, 1 de abril de 2008

Só Vivendo...




Vivendo e aprendendo...
Só assim mesmo para compreender essa dor, esse vazio, essa saudade sem fim.
Ai...chega a sufocar!
Mas tenho certeza que estas em PAZ! É o que me conforta!
Ainda bem que o HOJE está no fim...
Há seis meses vou vivendo e aprendendo a suportar a sua ausência, meu Tio!