domingo, 27 de julho de 2008

R$ x m²


Esse modal agora não sai da minha cabeça...

Contas e mais contas, faço e as refaço, e sempre me convenço de que vai valer a pena!

O valor do m² não é nada barato, ainda mais para os bolsos meio miúdos feito o meu...mas se a gente parar pra pensar...poxa...vale o sacrifício!

Tô abrindo mão das roupas, dos shows de axé, mpb e sertanejo, das bebidinhas de sexta (salve a Lei Seca), e de tudo mais o que for preciso pra eu ter um canto só meu...

Esse modal ta valendo cada centavo...ah, como eu tô feliz!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

"Dida"



No meio do turbilhão uma vozinha doce pra me fazer parar...
Demorei perceber que era comigo, assim, tão diretamente...
No início eram só palavras soltas...
Mas de tanto insistir, repetindo até que eu ouvisse, aquelas quatro letrinhas viraram música no meio do turbilhão.
Quanto esforço na primeira sílaba, quanta vontade de que eu entendesse.
Com os olhinhos sorrindo você olhou bem dentro dos meus e me fez mais feliz...
“Dida”...assim, meio desajeitado, meio inseguro, mas inundado de amor!

Rafaela Campanati.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Banho de Anil!


Não acredito (muito) em simpatias, bruxas, mandingas, duendes...
Mas a vida tem me feito para pra pensar; então, melhor não arriscar, ao menos neste caso.
Andam querendo o meu lugar. Então, que escorra o anil pelo corpo. Que leve o anil todo o mal que me desejam, todo o fel que me atiram, todo o gosto amargo desses “anseios”.
As bruxas, nem sempre voam pelos céus a bordo de vassouras gigantes...às vezes, elas surgem atrás da fisionomia mais “doce”, dos braços que se abrem para “acolher”, das palavras de “carinho”. Apesar da suave armadura – CUIDADO – há cobiça aí!
Mas ainda bem que tenho duendes que me cuidam, que me sondam, que me abrem os olhos.
E para você “Dona Bruxa”, todo o meu anil...
Pros meus duendes, o mais puro mel!

Rafaela Campanati.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Na Contagem Regressiva...


Ando na contagem regressiva...
Atropelando o tempo...
Contando as horas pro dia passar.
Esperando pelo amanhã, pelo depois...
Pelo niver da Cá, pelo casório da Ana, pelo dia das Mães.
Pra daí sim chegar o dia de querer fazer o tempo parar...
Tô topando tudo: curso, livro, cochilo, ações, sessões, dança, andança...
Tudo pra ter TUDO mais rápido, pra ficar do seu lado quando o tempo parar.

Rafaela Campanati.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Na iminência...


Sempre gostei dessa palavra – iminência.
Do verbo - está por vir (risos).
Nos últimos dias ando sentindo os sintomas da iminência. Frio na barriga, pensamento longe, vontade de acelerar o tempo, suspiros, silêncio...
Ando na iminência de ser mais feliz...
De ter o que parecia que já não teria mais...
Na iminência de que “tudo em tudo se transforme” (como bem disse Fernando Pessoa).
Ando feliz, por estar na iminência de ter o que eu sempre quis.

Rafaela Campanati.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Bolinhas Coloridas!


Mudando de energia...
Bolinhas coloridas pra me fazer sorrir...
Sabe daquela: você só atrai o que transmite?
Então, quer atrair o que?
Eu sei...
Bolinhas coloridas pra me fazer sorrir e me tirar da solidão!

Rafaela Campanati.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Solidão!


Como diz um companheiro meu... já de longas datas, o Aurélio - solidão: estado do que se encontra só.
Eu me encontro só, comigo mesma, sozinha. Odeio melancolia, há tempos fujo dela, mas nos últimos dias perdi o páreo. Talvez tenha sido a pausa para ler as Cartas da Fernanda Young, ou quem sabe o friozinho que fez, ou foi o vinho que não saboreei.
Só sei dizer que perdi; perdi feio. Assumo!
Doeu a falta do abraço, do aconchego dos braços, do olhar que toca a alma, dos beijos que aquecem o coração...
Doeu a falta de companhia, de dia e de noite, no almoço, no cinema, no jantar, no lado direito da cama vazia.
Quanta melancolia. Odeio melancolia, já disse. Mas perdi. E feio. Assumo!
Quem se encontra só, deve ter pelo menos o direito de sentir melancolia, acredito eu...por isso não me culpo; não gosto - mas gozo de indulto.
Não ter para quem ligar quando o pneu fura, quando um cliente lhe procura, quando ouve uma música que lhe faz lembrar...não ter com quem planejar loucuras, viagens, lugar pra morar.
Não ter “o” alguém para ser o favorito e falar de graça na promoção da VIVO, pra mandar mensagem na madrugada sem pagar R$ 1 real.
Não poder participar das promoções de quarta-feira no cinema e muito menos das reuniões de casais sem se sentir desigual.
Quanta melancolia. Odeio melancolia, já disse. Mas perdi. E feio. Assumo!
Me doeu, está doendo, tem doido. No passado e no presente. O futuro? Imprevisível.
De tudo, nessa história de solidão, o que dói mais é ser sempre um só.
Ser dispensada de pagar a conta entre os casais, porque, afinal, ela é uma só.
Obrigar os amigos a encontrar mais alguém pra dividir a mesa no show, porque, afinal, ela é só.
Abrir um convite para aquela festa e ter sempre, um só.
Ser índice das pesquisas sobre o mal-do-século machuca demais o coração.
Eu quero mais e dar adeus à melancolia e saudar a alegria de ter alguém pra dar as mãos.

Rafaela Campanati.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Fernada Young e suas Cartas...

É impressionante como essa "Moça" aí sabe se utilizar tão bem das palavras. Espero ansiosa pelo incício do mês pra devorar as linhas que ela escreve na Revista Cláudia. Olha a propagandaaaaa.....rsrsrs...mas vale a pena! Toma aí uma prova:


Aos que não nos enxergam

Oi, eu estou bem aqui na sua frente, mas você insiste em não me ver. Tudo bem, opção sua, cada um enxerga o que quer. O problema é quando você, sem ter idéia de como sou, resolve dar a sua visão sobre mim. Talvez você não se enxergue também, antes de mais nada – e assim me tire por parecida contigo. Errando completamente. Para começar, eu faço questão de ver as pessoas ao meu redor, e isso faz toda a diferença do mundo. Percebo que todos têm algo de especial, estando aí a graça. Percebo belezas que não são minhas, estando aí o prazer.
Percebo inclusive você, parado bem na minha frente, desviando seu olhar para lá e para cá, nervoso com a minha presença, estando aí o ridículo.
Veja bem, não há o que temer em mim. Não quero nada que seja seu. E não sou nada que você também não seja, pelo menos um pouquinho.
Você não precisa gostar de mim para me enxergar, mas precisa me enxergar para não gostar de mim. Ou gostar, e talvez seja exatamente isso que você tema. Embora isso não faça sentido, já que a vida é bela, justamente, quando estamos diante daquilo que gostamos, certo?
Não vou dizer que não me irrita essa sua cegueira específica com relação a mim, pois faço de tudo para ser entendida. Por todos. Sempre esforço-me ao máximo para que isso ocorra, aliás; então, a sua total ignorância a meu respeito, após todo esse tempo, nós dois tão perto, mexe, sim, levemente, com a minha paciência.
Se for essa a sua intenção, porém, mexer com a minha paciência, aviso que anda perdendo sua energia em besteira, pois um mosquito zumbindo em meu ouvido tem um efeito semelhante. E, se me dou ao trabalho de escrever esta carta para você, é porque sei que você também não será capaz de enxergar o que há nela.
Explicando melhor: preferiria que você me esquecesse, mas até para poder esquecer você vai ter que me enxergar. Enquanto não me olhar de frente, ao menos uma vez, ao menos por um segundo, vai continuar assim, para sempre, fugindo sistematicamente da minha imagem – um escravo de mim, em fuga constante, portanto.
Pode abrir os olhos, vai ver que não sou um bicho-de-sete-cabeças. Sou bem diferente de você, como já disse, mas isso é ótimo. Sou melhor que você em algumas coisas, pior que você em outras – acontece. No que eu for pior, pode virar para outro
lado; no que eu for melhor, cogite me admirar. “Olhos nos olhos, quero ver o que você faz...”* Sempre quis cantar isso para alguém. “Olhos nos olhos, quero ver o que você diz...”*
Pronto, um sonho realizado. Já estou lucrando com a nossa relação, só falta você. Basta ver o que eu posso lhe mostrar e enxergar o que eu posso ser para você.
* Trechos da música OLHOS NOS OLHOS, de Chico Buarque
Fernanda Young

Fernanda Young é escritora, roteirista e apresentadora de TV
Foto Bob Wolfenson

terça-feira, 1 de abril de 2008

Só Vivendo...




Vivendo e aprendendo...
Só assim mesmo para compreender essa dor, esse vazio, essa saudade sem fim.
Ai...chega a sufocar!
Mas tenho certeza que estas em PAZ! É o que me conforta!
Ainda bem que o HOJE está no fim...
Há seis meses vou vivendo e aprendendo a suportar a sua ausência, meu Tio!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Ao Teto!



Orgulho de todos nós, seja Silva, seja Medeiros.

Quanta emoção você nos dá.

Uma, duas, três...infinito.

É de transbordar o coração.


E ainda está tudo por vir...

A vida é agora!


Desfruta aí esse gostinho da vitória...

Que essa é a SUA hora!

A nós, restam os aplausos,

Saboreados com admiração!

Rafaela Campanati.

terça-feira, 25 de março de 2008

Sossega, coração! Não desesperes!

"Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.
Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperença a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!
Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme".

Dispensa qualquer comentário...(Fernando Pessoa).

Mundo de Gente Grande!

Um mundo novo se abrindo, novos rumos, novos caminhos...tudo diante dos meus olhos e das minhas mãos, se essa for a minha escolha, só depende de mim.
Riscos, vantagens: bem-vindo ao mundo de Gente Grande.
Está passando da hora de eu virar Gente Grande, o despertador está tocando aqui dentro, mas convenhamos ser gente pequena também tem lá suas vantagens...
Mas chega! Não dá mais pra ser indiferente ao relógio biológico.
O futuro se planta agora, no presente.
Acordei com sede de crescer...
E como diz um amigo meu: “Firme e forte meu chapa”.
Tudo há de acontecer...

Rafaela Campanati.

terça-feira, 18 de março de 2008

Tardes "no" Vovó

Acordei sob os efeitos do saudosismo, pensando na cadeira de balanço, no calor que fazia, no banho de chuva embaixo da “canaleta” do telhado...

Chega me dá um aperto no peito...sou capaz de relembrar até o aroma do mate quente, da coxinha saindo da gordura fumegante...em dias mais afortunados cheirava coca de casco e pão italiano feito na hora.

Chega a dar água na boca! Hummm...

Alguém tem uma daquelas Máquinas do Tempo para vender? Eu compro. Eu pago o que tiver no bolso, no banco, embaixo do colchão...só para reviver uma tarde lá “no vovó” (homenagem a nós cuiabanos!).

Vovó tomava a tabuada...de cor e salteada...e depois nos apressávamos em direção à garagem, eu e mais cinco ou seis primos. Televisão pra que? Tínhamos árvore pra subir, lugares pra nos esconder, fôlego pra correr, energia pra gastar, carro “de” Vovô pra “pilotar”. Nossa, eram incontáveis opções. Éramos o que quiséssemos. Éramos todos por um (acredito que ainda somos!), um por todos. Éramos tudo ao mesmo tempo!

Oh tempo bom...não volta mais! As tardes “no Vovó” se foram, mas ficaram as lições e as lembranças! Ainda podemos ser o que quisermos ser!

Rafaela Campanati.

terça-feira, 11 de março de 2008

Eu Quero

Isso “tudo” o que você quer me dar é muito pouco.
Eu quero o 100%, o completo...

Quero os medos, os receios, as vitórias, os acertos...
Quero os sorrisos e a cara amarrada, as brigas, os tropeços...
Quero também os segredos, as conversas, o silêncio...
Quero estar junto sem estar...

Eu quero o pensamento... cada momento...
Eu quero tudo o que é bom, mas tudo o que for ruim eu quero também ...

Na verdade, eu quero que seja de verdade, a pura realidade...pra valer...
Eu quero mãos dadas, cinema, dengo, chamego, nem de mais e nem de menos...
Eu quero o assunto sério, a opinião sincera, contar tudo pra você...
Eu quero o primeiro bom dia, ser a última prece do dia...

Quero ser a diferença, ser presença na ausência...
O porto seguro pra você...
A sua sinceridade,
Ser a companhia mais gostosa de se ter...

Quero você sempre comigo, pra te chamar de meu...
Quero o abrigo dos seus braços...
Quero também o apelido...
Mas aquele só meu...
Isso tudo eu quero, e quero muito mais...
E se o que eu quero lhe parece muito...
Eu lhe digo...
Muito sou Eu para alguém como você!

Rafaela Campanati.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Que Selva Maluca!

Oh mundo moderno! Dá até medo de sair de casa, conhecer gente sem pedir indicação. Sem consultar o Serasa ou pedir certidão de antecedentes, de nada consta. Foi-se o tempo em que se aproximavam os semelhantes, os que se simpatizavam, os interessantes.
Não se assuste quando alguém se aproximar de você e depois de cinco minutos lhe abrir os braços como quem lhe conhecesse há anos, como quem daria tudo por um abraço longo e caloroso. Será que tudo isso soa estranho só a mim? Ai meu Deus, acho que não tem mais espaço nesse mundão que me caiba. Ta ficando apertado demais aqui. Tudo isso é muito moderno, ou não? Será que estou velha? Desatualizada ou descrente demais? Ou desacreditada? Não, isso seria muita infelicidade... Deve ter alguma explicação sociológica...psicológica...cultural...doutrinária...sei lá. Deve ter alguém nesse mundão para me aliviar a alma com algumas gotinhas de coerência, de sã consciência, de retidão.
Às vezes parece-me que estacionei no tempo, que estou presa aos valores arcaicos de outrora, mas por que arcaicos? Até a minha sanidade intelectual está sendo testada...que horror. É de se assustar, definitivamente! Sempre me achei tão normal...não comum, apenas normal...mas agora parece-me que os outros é que o são, e eu, por corroborar com a minoria, juntei-me aos anormais. Será? Ih, é grave! Que selva maluca é essa! Pára tudo que eu quero descer...uhm, acho melhor não. Não sou do tipo de mulher que desiste fácil...Vou, então, continuar aqui, lutando para sobreviver...só não me peça para olhar para tudo isso e encarar como algo saudável. Pessoas que circulam entre milhares de outras, e que, a cada dia, tornam-se mais vazias. Seres capazes de sentimentos tão mesquinhos que chegam a convencer até os menos tolos. Ah, mas comigo não!

Rafaela Campanati.