quarta-feira, 26 de março de 2008

Ao Teto!



Orgulho de todos nós, seja Silva, seja Medeiros.

Quanta emoção você nos dá.

Uma, duas, três...infinito.

É de transbordar o coração.


E ainda está tudo por vir...

A vida é agora!


Desfruta aí esse gostinho da vitória...

Que essa é a SUA hora!

A nós, restam os aplausos,

Saboreados com admiração!

Rafaela Campanati.

terça-feira, 25 de março de 2008

Sossega, coração! Não desesperes!

"Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.
Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperença a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!
Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme".

Dispensa qualquer comentário...(Fernando Pessoa).

Mundo de Gente Grande!

Um mundo novo se abrindo, novos rumos, novos caminhos...tudo diante dos meus olhos e das minhas mãos, se essa for a minha escolha, só depende de mim.
Riscos, vantagens: bem-vindo ao mundo de Gente Grande.
Está passando da hora de eu virar Gente Grande, o despertador está tocando aqui dentro, mas convenhamos ser gente pequena também tem lá suas vantagens...
Mas chega! Não dá mais pra ser indiferente ao relógio biológico.
O futuro se planta agora, no presente.
Acordei com sede de crescer...
E como diz um amigo meu: “Firme e forte meu chapa”.
Tudo há de acontecer...

Rafaela Campanati.

terça-feira, 18 de março de 2008

Tardes "no" Vovó

Acordei sob os efeitos do saudosismo, pensando na cadeira de balanço, no calor que fazia, no banho de chuva embaixo da “canaleta” do telhado...

Chega me dá um aperto no peito...sou capaz de relembrar até o aroma do mate quente, da coxinha saindo da gordura fumegante...em dias mais afortunados cheirava coca de casco e pão italiano feito na hora.

Chega a dar água na boca! Hummm...

Alguém tem uma daquelas Máquinas do Tempo para vender? Eu compro. Eu pago o que tiver no bolso, no banco, embaixo do colchão...só para reviver uma tarde lá “no vovó” (homenagem a nós cuiabanos!).

Vovó tomava a tabuada...de cor e salteada...e depois nos apressávamos em direção à garagem, eu e mais cinco ou seis primos. Televisão pra que? Tínhamos árvore pra subir, lugares pra nos esconder, fôlego pra correr, energia pra gastar, carro “de” Vovô pra “pilotar”. Nossa, eram incontáveis opções. Éramos o que quiséssemos. Éramos todos por um (acredito que ainda somos!), um por todos. Éramos tudo ao mesmo tempo!

Oh tempo bom...não volta mais! As tardes “no Vovó” se foram, mas ficaram as lições e as lembranças! Ainda podemos ser o que quisermos ser!

Rafaela Campanati.

terça-feira, 11 de março de 2008

Eu Quero

Isso “tudo” o que você quer me dar é muito pouco.
Eu quero o 100%, o completo...

Quero os medos, os receios, as vitórias, os acertos...
Quero os sorrisos e a cara amarrada, as brigas, os tropeços...
Quero também os segredos, as conversas, o silêncio...
Quero estar junto sem estar...

Eu quero o pensamento... cada momento...
Eu quero tudo o que é bom, mas tudo o que for ruim eu quero também ...

Na verdade, eu quero que seja de verdade, a pura realidade...pra valer...
Eu quero mãos dadas, cinema, dengo, chamego, nem de mais e nem de menos...
Eu quero o assunto sério, a opinião sincera, contar tudo pra você...
Eu quero o primeiro bom dia, ser a última prece do dia...

Quero ser a diferença, ser presença na ausência...
O porto seguro pra você...
A sua sinceridade,
Ser a companhia mais gostosa de se ter...

Quero você sempre comigo, pra te chamar de meu...
Quero o abrigo dos seus braços...
Quero também o apelido...
Mas aquele só meu...
Isso tudo eu quero, e quero muito mais...
E se o que eu quero lhe parece muito...
Eu lhe digo...
Muito sou Eu para alguém como você!

Rafaela Campanati.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Que Selva Maluca!

Oh mundo moderno! Dá até medo de sair de casa, conhecer gente sem pedir indicação. Sem consultar o Serasa ou pedir certidão de antecedentes, de nada consta. Foi-se o tempo em que se aproximavam os semelhantes, os que se simpatizavam, os interessantes.
Não se assuste quando alguém se aproximar de você e depois de cinco minutos lhe abrir os braços como quem lhe conhecesse há anos, como quem daria tudo por um abraço longo e caloroso. Será que tudo isso soa estranho só a mim? Ai meu Deus, acho que não tem mais espaço nesse mundão que me caiba. Ta ficando apertado demais aqui. Tudo isso é muito moderno, ou não? Será que estou velha? Desatualizada ou descrente demais? Ou desacreditada? Não, isso seria muita infelicidade... Deve ter alguma explicação sociológica...psicológica...cultural...doutrinária...sei lá. Deve ter alguém nesse mundão para me aliviar a alma com algumas gotinhas de coerência, de sã consciência, de retidão.
Às vezes parece-me que estacionei no tempo, que estou presa aos valores arcaicos de outrora, mas por que arcaicos? Até a minha sanidade intelectual está sendo testada...que horror. É de se assustar, definitivamente! Sempre me achei tão normal...não comum, apenas normal...mas agora parece-me que os outros é que o são, e eu, por corroborar com a minoria, juntei-me aos anormais. Será? Ih, é grave! Que selva maluca é essa! Pára tudo que eu quero descer...uhm, acho melhor não. Não sou do tipo de mulher que desiste fácil...Vou, então, continuar aqui, lutando para sobreviver...só não me peça para olhar para tudo isso e encarar como algo saudável. Pessoas que circulam entre milhares de outras, e que, a cada dia, tornam-se mais vazias. Seres capazes de sentimentos tão mesquinhos que chegam a convencer até os menos tolos. Ah, mas comigo não!

Rafaela Campanati.