Acordei sob os efeitos do saudosismo, pensando na cadeira de balanço, no calor que fazia, no banho de chuva embaixo da “canaleta” do telhado...
Chega me dá um aperto no peito...sou capaz de relembrar até o aroma do mate quente, da coxinha saindo da gordura fumegante...em dias mais afortunados cheirava coca de casco e pão italiano feito na hora.
Chega a dar água na boca! Hummm...
Alguém tem uma daquelas Máquinas do Tempo para vender? Eu compro. Eu pago o que tiver no bolso, no banco, embaixo do colchão...só para reviver uma tarde lá “no vovó” (homenagem a nós cuiabanos!).
Vovó tomava a tabuada...de cor e salteada...e depois nos apressávamos em direção à garagem, eu e mais cinco ou seis primos. Televisão pra que? Tínhamos árvore pra subir, lugares pra nos esconder, fôlego pra correr, energia pra gastar, carro “de” Vovô pra “pilotar”. Nossa, eram incontáveis opções. Éramos o que quiséssemos. Éramos todos por um (acredito que ainda somos!), um por todos. Éramos tudo ao mesmo tempo!
Oh tempo bom...não volta mais! As tardes “no Vovó” se foram, mas ficaram as lições e as lembranças! Ainda podemos ser o que quisermos ser!
Rafaela Campanati.
terça-feira, 18 de março de 2008
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3 comentários:
comendo pão caseiro da hora, ouvindo vovo contando historia, pescando, jogando bola com os primos, correndo pelo cafezal, andando a cavalo, se escondendo no bambuzal..
haha
"tempo bom que não volta mais.." :)
:**
saudade do fundão.
Me fez lembrar do cheiro do fundão, de mamãe com lenço na cabeça, cansada e a biza com a bengala matando formiga ou puxando a gente pelas pernas prá conversar... como é bom ter "memória", bom demais! Melhor quando isso tudo vira poesia!
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